“O Céu cansou-se dos sentimentos de arrogância e de
luxo levados ao extremo pela China. Eu, Gengis, permaneço na região selvagem do
norte onde o homem encontra condições que impedem o nascimento de cobiças e desejos;
eu volto à simplicidade e retorno à pureza; condeno a prodigalidade e me conformo
com a moderação; quer se trate das roupas que uso ou das refeições que como,
tenho os mesmos andrajos e a mesma alimentação que os boiadeiros e os palafreneiros;
vejo o povo como um filho muito jovem e trato os soldados como se fossem os
meus irmãos. Em meus projetos estou constantemente atento aos homens; quando
chefio as miríades de minhas tropas, coloco a minha própria pessoa à frente;
quando estive presente a cem batalhas, jamais cogitei se havia alguém atrás de
mim; no espaço de sete anos, realizei um grande trabalho, e nas seis direções
do espaço tudo está submetido a uma só regra... Recebi, pois, o apoio do Céu e
obtive e dignidade suprema...”
Édito do conquistador Gengis Khan (1162-1227) para
justificar a sua conquista da China e da Ásia central.
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